quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dia dos Pais

Pedimos licença ao Requião e aos nossos associados, para fazer aqui uma homenagem do dia dos Pais, a todos os Pais paranaenses, mas em especial ao Pai que me inspirou este poema:


Na tarde deste domingo, dia oito de agosto,
Que apesar de ser inverno, ficou todo ensolarado
Que belo Dia dos Pais,  após um mes enublado

Passeando por Curitiba com este sol no meu rosto
Ao passar pela calçada, vi parado no portão
Um cidadão conhecido que já é meio sessentão

Mas nunca o vira tão lindo...
Belo rosto, barba feita, a calça, risca de giz,
Num sueter cor de pérola, parecia triste e feliz...

Triste porque seu filho que ele achava que viria
Cumprimentar-lhe por seu dia, ainda não tinha vindo
E o Dia dos Pais já se indo...

Feliz porque acreditava que o filho demais amado
Mesmo que fosse a noitinha ainda haveria de vir
Seus olhos estavam brilhosos: não sei se de chorar ou sorrir...

Perguntei-lhe: __Enquanto espera por seu filho
Posso ficar conversando, aqui no portão, tambem?
Ele respondeu: Não, não fique! Se tiver outra visita, ele não vem!

Eu disse: __Esta bem, mas responda-me uma coisa:
Porque está tão bonito e assim tão bem vestido 
Se diz que é simplismente para ver seu proprio filho?

Ele calou-se  e  me olhou   e  dentro dos seus olhos de mel
Vi  como  nuvens  no Ceu,  quando está querendo chover
E já começa a gotejar  e  achei melhor me calar...

Entendi naquele momento porque estava tão bonito:
É que talvez o filho trouxesse a mãe,  ou talvez a mãe trouxesse o filho ???
Se ambos vieram eu não sei, só sei que me emocionei...

Se ambos vieram eu não sei, só sei que EU pude ver,
O que talvez ninguem tenha visto,
Nem amigos,  nem esposas,  nem filhos...

Vi o que há de mais bonito, vi o riso, vi o brilho...
Vi  a  tristeza  e  a  esperança, vi um pai quase criança
Vi um homem apaixonado que ainda ama seu passado...

Vi  sua barba feita, no seu rosto de menino
Vi seu sueter cor de pérola, vi seus olhos cor de mel
Mel....

Vi seus olhos cor de mel
mel
  mel 
  mel 
.

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